Autor: Felipe Sá Cabral
Materiais e métodos
Participaram da amostra do estudo, as 16 seleções inscritas, sendo todas elas, principal adulto, do sexo masculino, o campeonato analisado foi o Grand Prix de Futsal, organizado pela CBFS, realizado no dia 17 a 24 de outubro de 2010, que ocorreram nos Ginásios Newton de Faria e Unievangélica, na cidade de Anápolis.
Foram analisados 275 dos 284 gols realizados no Grand Prix de Futsal 2010, totalizando aproximadamente 97% do total de gols.
Resultados
De acordo com os dados obtidos, com relação à análise da origem dos gols do Grand Prix de Futsal 2010, podemos observar que 86 gols foram de feitos por movimentações ofensivas, ou seja, a equipe que marcou o gol trocou uma série de passes entre si, antes da finalização do lance. Isto se deve aos inúmeros padrões ofensivos, que os treinadores têm a disposição na montagem do plano de ataque da sua equipe.
Foi visto que a partir de contra-ataques, foram realizados 87 gols. Isso se explica devido à forte postura defensiva das equipes em quadras. Com isso a equipe que mantinha a posse de bola, arriscava uma jogada individual, que na maioria das vezes era contida por um desarme, ou executava um passe de risco, que era interceptado pela marcação, daí originavam-se os contra-ataques.
Muitos treinadores nesse Grand Prix de Futsal utilizaram seu goleiro como um jogador ofensivo. Alguns utilizavam com o intuito de superioridade numérica (5 contra 4), com a finalidade de buscar um gol ou até mesmo utilizar essa vantagem para passar o tempo de jogo. Pudemos observar que a grande maioria dos goleiros ofensivos participava do jogo para trocar passes com seus jogadores de equipe, com o intuito de deixá-los em condições claras de gol, muitos deles até se arriscaram a finalizar na meta. Lembrando que os goleiros trocavam passes na quadra ofensiva, devido a nova regra de utilização do goleiro-linha. Foram 9 gols partindo dessas situações, onde o goleiro iniciava uma jogada que terminaria em gol para sua equipe, ou até ele próprio fazendo o gol.
As equipes se mostraram muito bem preparadas, quanto à marcação do goleiro como um jogador ofensivo. Durante essa Grand Prix de Futsal, ocorreram erros de passes, chutes e domínio, resultando em um total de 11 gols por erros dos goleiros, para as equipes adversárias.
Em relação, ao jogo de 4 contra 3 (expulsão), obtivemos 4 gols. Esse é um número relativamente baixo, pois tivemos 14 expulsões nesse Grand Prix de Futsal. A preparação da marcação com três jogadores estava mais bem organizada do que o ataque com quatro atletas.
Nas bolas de origem parada, foram marcados 63 gols, entre jogadas ensaiadas de arremessos laterais, escanteios e faltas. Esse é um recurso cada vez mais treinado pelos técnicos de futsal. Essas jogadas ensaiadas bolas de parada vêm cada vez mais definindo o placar final de uma partida.
Obtivemos também nesse Grand Prix de Futsal, 3 gols de pênaltis, e 12 gols de tiros livres indiretos. Mostrando cada vez mais que os treinadores devem ter no seu elenco um especialista nesse tipo de cobrança.
Conclusão
Os técnicos de futsal na montagem do seu planejamento de trabalho devem estar atentos no quadro apresentado. Elaborar treinos de execução e marcação de contra-ataque é de extrema importância, sem esquecer-se do desarme e antecipação que está diretamente ligado a uma boa marcação e ao início do contra-ataque. Estar preparado para quando houver uma expulsão tanto contra ou a favor, sabendo usufruir ao máximo da situação de estar com um jogador a mais em quadra.
A equipe deve estar preparada para utilizar e também marcar o goleiro-linha. Elaborar manobras ofensivas na utilização do goleiro como jogador ofensivo, a fim de minimizar os erros, pois qualquer detalhe mal executado, a meta estará livre para o adversário marcar o gol.
A bola de origem parada vem decidindo cada vez mais as partidas de futsal. Treinar movimentações em arremessos laterais, escanteios e faltas, com certeza ajudará a sua equipe durante a partida. Lembrando que essas situações não devem ser robotizadas, o atleta deve saber executar a movimentação e deve ter sempre mais que uma opção de passe. De preferência ter dentro do grupo, atletas especialistas em bola de origem parada, principalmente para os pênaltis e tiro livre diretos.
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